Os monges, por outro lado, usaram mal a palavra "graça", dizendo que ela torna o homem santo, para que eles identifiquem graça consigo mesmos. Como sempre encontramos fraqueza e pecado em nós mesmos, isso é mentira. A graça é um perdão gracioso dos pecados e uma aceitação por amor de Cristo, sem mérito de nossa parte, livremente e por amor do Senhor Cristo. É o que diz São Paulo em Romanos 6:14: "Você não está debaixo da lei, mas debaixo da graça". Isso é tão reconfortante como se alguém dissesse: Embora você seja fraco e ainda tenha pecado, a lei não o condenará, pois você está sob a graça, ou seja, por amor do Senhor Cristo, livremente, sem mérito, você recebeu perdão dos pecados e aceitação graciosa, e é agradável a Deus. Assim, São Paulo nos direciona não a uma qualidade em nós, mas ao Mediador Jesus Cristo. Mas isso ainda permanece; quando somos consolados pela fé, Cristo produz vida em nós e dá seu Espírito Santo. Precisamos lembrar de tudo isso sobre graça, para que as palavras dos monges não nos desviem.
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Por: Philipp Melanchthon
Extraído de: Loci Comunnes
Ano: 1555
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